Ódio! Tá dominado! A massa grita muito. Observa de cara e punho cerrado. Entendo a adrenalina do jogo, a paixão, a expectativa de vitória, o choro engasgado e o sabor amargo da derrota. Tudo isso, somado à nossa fé brasileira, é da nossa história, é do jogo. Mas é da nossa índole também, terminado o jogo, lamber as feridas, analisar os acertos, os erros, reclamar um pouco (por que não?) e seguir em frente. Bola pra frente que atrás vem gente. Elegância. Não é isso? Parece que não mais.

Ao invés de tirar o time de campo e entender o resultado da partida, tem uma turma que continua no mesmo boteco, desde domingo, enchendo a cara de informações vazias, desencontradas, e, muito embriagados de ódio, não conseguem mais definir o que é razão, paixão, respeito ao outro e liberdade de expressão.

Com a garrafa cheia de ódio nas mãos e sem razão, pegaram o carro da deselegância e seguem acelerando sem olhar para o passado ou futuro, sem pensar nos acidentes fatais que possam ocorrer desta rebeldia adolescente e vazia. Não distinguem mais direitos de deveres e seguem pelo país atropelando teorias e batendo em muros históricos do conhecimento. Ódio cega,