Nós já sabemos que é a juventude negra e periférica quem mais sofre com a violência e quem mais tem a perder com a redução da maioridade penal. E quando essa grande parcela da juventude perde, abandonada por políticas públicas que auxilie na sua formação, todos perdemos também enquanto sociedade mais justa e igualitária.

Agora está na hora da gente começar a dar nome, cara e crachá, a quem lucra com essa indústria violenta do encarceramento em massa. Está na hora de saber e destrinchar quais os motivos e planos que eles tem, tramados na surdina, para lucrar ainda mais às custas da destruição do futuro, do sofrimento e encarceramento seletivo da nossa juventude.
Essa charge foi elaborada a partir da fala do defensor público do estado de São Paulo, Raul Nin, em vídeo da série Sobre Crimes e Castigo, publicado na Ponte Jornalismo.